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Prefeito sanciona lei que permite legalização de lava-jatos em várias regiões da cidade
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O prefeito Cláudio Ferreira sancionou, nesta quarta-feira (2), a Lei Complementar 549 de 1º de julho de 2025, alterando a Lei Complementar nº 56, de 14 de dezembro de 2007, que trata do Uso e Ocupação do Solo. A nova lei amplia o número de ruas e avenidas que compõem a Zona Linear do município, permitindo que atividades econômicas como de lava-jatos sejam exercidas nos locais e devidamente regularizadas.
A sanção da lei de autoria dos vereadores Ibrahim Zaher, Anderson Bananeiro, Marisvaldo Gonçalves e Renan Dourado foi feita durante reunião com proprietários de lava-jatos e os parlamentares. Além dos vereadores autores da lei, estiveram presentes na reunião a vereadora Mariúva Valentim e o vereador Wesley Cláudio.
Cláudio Ferreira parabenizou o poder legislativo pela iniciativa de alteração na lei municipal e destacou que é prioridade da gestão municipal garantir oportunidades para todos e que nenhuma atividade econômica seja encerrada. “Quero destacar que não estamos liberando para que ninguém infrinja leis ambientais. Queremos garantir que todos possam se regularizar e manter suas atividades. Se está irregular, tem que regularizar, mas é preciso dar oportunidade para isso. Não queremos que ninguém tenha que encerrar suas atividades”, disse.
Conforme os vereadores, a iniciativa em alterar a lei municipal e ampliar as vias em que as atividades de lava-jato possam ser exercidas legalmente veio após reunião na Câmara Municipal com os proprietários de lava-jatos, que apontaram que a lei municipal de 2007 estava defasada e prejudicando que a atividade fosse exercida de forma legal, pois não permitia a obtenção de alvarás e demais licenças de órgãos municipais e estaduais.
Os vereadores ainda explicaram que a alteração na lei municipal visou a inclusão de algumas vias da cidade como Zona Linear, levando em conta que as referidas vias têm apresentado considerável desenvolvimento nos últimos anos, com a instalação de novos comércios, serviços e o aumento significativo da circulação de pessoas e veículos. Tal dinâmica urbana evidencia a importância estratégica das vias como eixos de mobilidade e integração com outras áreas urbanas da cidade.
Além disso, a inclusão das novas vias na Zona Linear proporcionará maior ordenamento do uso e ocupação do solo, possibilitando a adequação às diretrizes do Plano Diretor Municipal, contribuindo para a valorização das áreas, o incentivo ao desenvolvimento econômico local e a melhoria da qualidade de vida dos moradores.
As vias incluídas na Zona Linear são: Rua Goiás, bairro Vila Estrela Dalva; Rua Oito, bairro Jardim Residencial Matias Neves II; Rua 13 de Maio, bairro Jardim Guanabara II; Rua da Saudade, bairro Jardim Iguaçu; Rua Pedro Ferrer, bairro Jardim Cuiabá; Avenida Dom Bosco, Sítio Residencial São Rosalvo; Avenida Euclides da Cunha, bairro Jardim Rui Barbosa; Rua Santa Marta, Loteamento Padre João Bosco Brunier; e, Avenida Mato Grosso, bairro Vila Duarte.
Para o proprietário de lava-jato, Atanal Júnior, a mudança na lei é significativa para quem exerce essa atividade na cidade, permitindo que muitos possam se legalizar e trabalhar com mais dignidade. “Muitas vezes nós somos vistos como vilões por parte da sociedade, mas a verdade é que as pessoas precisam de lava-jatos, necessitam de lavagem de veículos e, graças a essa lei, todos poderão se legalizar e isso ajuda a mudar essa visão que muitos têm de nós”, argumentou. Ele ainda acrescentou que muitos proprietários de lava-jatos são microempreendedores, empregam pessoas e sustentam a família com a atividade.
Fonte: Prefeitura de Rondonópolis – MT

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Justiça Suspende Projeto de Extinção da CODER em Rondonópolis

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) suspendeu nesta quarta-feira (16) o andamento e a votação do projeto de lei que previa a liquidação da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (CODER).
A decisão foi tomada pela desembargadora Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo, da 3ª Câmara de Direito Público e Coletivo. O pedido partiu do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (SISPMUR), por meio dos advogados Naldecy Silveira e Anderson Pablo Ferreira de Camargo.
Motivos da suspensão
De acordo com a Justiça, o processo de extinção apresentava irregularidades sérias, como:
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Falta de debate prévio com a sociedade e os trabalhadores;
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Tramitação acelerada do projeto na Câmara Municipal — menos de 48 horas após o envio pelo Executivo;
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Riscos de danos graves aos mais de 600 trabalhadores da CODER e à população que depende dos serviços prestados pela companhia.
“A extinção de uma empresa pública com tantos servidores, sem discussão ampla, pode causar prejuízos enormes para a cidade”, destacou a magistrada na decisão.
Diálogo é prioridade, afirma SISPMUR
Para o presidente do SISPMUR, Gerson Ferreira Paes Júnior, a suspensão representa um ato de responsabilidade.
“Não somos contra discutir a situação da CODER, mas isso precisa ser feito com responsabilidade e ouvindo os trabalhadores. O sindicato está pronto para conversar com todos os envolvidos e buscar soluções que protejam os empregos e os serviços”, afirmou.
Mediação e protestos
A Justiça também determinou que o caso seja encaminhado à Central de Conciliação e Mediação do TJ-MT, com o objetivo de facilitar o diálogo entre as partes.
Desde o anúncio da possível liquidação, os trabalhadores da CODER vêm realizando manifestações públicas.
“É uma vitória da legalidade. A CODER está viva e mais forte. Vamos continuar na luta”, afirmou Lorrayne Rodrigues da Silva, auxiliar de conservação de vias da empresa.
Nota da Câmara Municipal
A Câmara de Vereadores de Rondonópolis divulgou nota afirmando que não foi oficialmente notificada pela Justiça até o fim da sessão do dia 16.
O Legislativo informou que todo o trâmite do projeto seguiu a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara. Ainda segundo a nota, a proposta foi votada respeitando os princípios democráticos e legais.
“A Câmara permanece atenta aos desdobramentos do caso e se manifestará de forma institucional assim que for notificada oficialmente.”