O que era pra ser uma despedida de solteira divertida terminou em risadas, confusão e uma visita inesperada da Polícia Militar em Carlinda.
Chá de lingerie termina em visita inesperada da PM em Carlinda
Cidades
O que era para ser uma noite de descontração entre amigas acabou se transformando em uma cena digna de roteiro de comédia em Carlinda, a 30 km de Alta Floresta. O “chá de lingerie” da influenciadora digital Daiana Perez, que se casa no próximo mês com o jornalista Fabrício Nunes, teve uma visita inusitada: três policiais militares que chegaram após reclamações de vizinhos sobre som alto.

Daiana Pérez foto do seu perfil no Instagram: daianaperezinfluencer
A festa acontecia nos fundos de uma residência e reunia cerca de dez convidadas — entre elas advogada, contadora, jornalista, personal trainer e até a mãe da noiva. O clima era de brincadeiras e risadas, quando os policiais entraram no local, acreditando tratar-se de uma ocorrência de perturbação do sossego.
O detalhe é que as convidadas, ao verem os agentes fardados, pensaram se tratar de gogo boys contratados como surpresa. A confusão durou pouco: logo todos entenderam o mal-entendido e a situação virou motivo de risadas.
Sem resistência e sem qualquer crime envolvido, os policiais pediram apenas que o som fosse reduzido e deixaram o local de forma amistosa. A própria Daiana contou o episódio em suas redes sociais, transformando o imprevisto em mais um capítulo divertido da sua contagem regressiva para o casamento.
O caso levantou, no entanto, uma dúvida comum: a polícia pode entrar em uma residência sem mandado?
Segundo a legislação, sim — quando há flagrante delito, ou seja, suspeita de crime em andamento, como som excessivo que incomoda a vizinhança. Em situações leves, como essa, os agentes podem resolver tudo apenas com diálogo, sem registro formal de ocorrência.
No fim, ficou a lição (e a história): quando o som passa do limite, até uma comemoração inocente pode ganhar visita inesperada.
Cidades
Filhote jogado no lixo é salvo por garis e comove moradores de Rondonópolis
Em Rondonópolis, onde as histórias do dia-a-dia se cruzam com a correria da cidade grande e a simplicidade de bairro, uma cena triste amanheceu falando mais alto que o barulho dos caminhões de coleta. Um filhote de cachorro, pequeno demais para entender a maldade do mundo, foi encontrado dentro de um saco de lixo, prestes a ser triturado junto com os resíduos da manhã.
A cena aconteceu nesta sexta-feira (09), no bairro Alfredo de Castro. Os coletores faziam a rotina de sempre — aquele trabalho duro e indispensável — quando um barulho diferente chamou atenção. Um chorinho abafado, tímido, insistente, vinha de uma das sacolas deixadas na calçada.
Antes de lançar o saco para dentro do caminhão, um dos garis decidiu conferir. E ali, escondido entre restos de comida e embalagens, estava o filhotinho, assustado, tremendo, mas vivo.
Uma vida inteira jogada fora — literalmente — mas recuperada pela sensibilidade de quem trabalha todos os dias lidando com aquilo que a cidade descarta.
O animal foi retirado às pressas, limpo e acolhido pelos próprios coletores, que interromperam o serviço para garantir que o pequeno tivesse ar, água e um pouco de carinho.
A equipe relatou que, se o caminhão já estivesse em movimento, não daria tempo para o salvamento.
O resgate emociona porque revela o contraste de dois extremos: alguém que descartou uma vida como se fosse lixo, e trabalhadores que, mesmo com a rotina exaustiva e o relógio correndo, escolheram proteger o indefeso.
O caso reacende debates antigos, mas sempre necessários, sobre maus-tratos e abandono de animais em Rondonópolis. Em uma cidade que cresce rápido, ainda é comum ver cães e gatos sendo deixados para trás — alguns encontrados em caixas, outros amarrados em terrenos vazios, e, como hoje, dentro de sacos de lixo. Cada história carrega um pedido silencioso por mais humanidade.
O filhote, que por pouco não teve a vida interrompida, agora está sendo acompanhado pelos profissionais que o resgataram. A intenção é que ele receba atendimento veterinário e, em seguida, seja encaminhado para adoção responsável — longe de qualquer risco e perto de quem entenda o valor de cuidar.
Enquanto isso, fica o apelo à população: maus-tratos são crime, e não existe justificativa para este tipo de crueldade. Denunciar pode salvar vidas — literalmente.
Hoje, no meio da pressa da cidade, três garis pararam o mundo por alguns minutos para ouvir um pedido de socorro que quase passou despercebido.
E graças a eles, Rondonópolis ganhou não só um resgate, mas um lembrete poderoso: ainda existe gente que escolhe o lado certo da história.