Polícia
Força Tática deflagra operação e neutraliza dois criminosos em Santo Antônio do Leverger
Cidades
Ação conjunta entre os comandos de Cuiabá e Rondonópolis faz parte da “Operação Tolerância Zero às Facções Criminosas”
Em uma ação que começou ainda nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (4), equipes da Força Tática da Polícia Militar de Cuiabá (1º Comando Regional) e Rondonópolis (4º Comando Regional) deflagraram uma operação na zona rural de Santo Antônio do Leverger, no Assentamento Coroado, região de difícil acesso e já conhecida pelas forças de segurança por abrigar atividades ligadas ao tráfico de drogas.
A operação faz parte da “Tolerância Zero às Facções Criminosas”, uma ofensiva do comando da PM para desarticular pontos de apoio e esconderijo de organizações criminosas no interior de Mato Grosso.
De acordo com informações da Polícia Militar, durante a abordagem, dois suspeitos armados reagiram e dispararam contra as equipes. Houve troca de tiros, e os agressores foram neutralizados no local. Nenhum policial ficou ferido.
O espaço foi imediatamente isolado, e as equipes da Politec, da Polícia Civil e um oficial da PJM (Polícia Judiciária Militar) foram acionados para os procedimentos de perícia e abertura de inquérito.
Passagens e material apreendido
Os dois homens, de 45 e 33 anos, tinham extenso histórico criminal, com registros de prisão por mandado, tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção de menores.
No local, a Força Tática apreendeu:
- 1 tablete de pasta base de cocaína;
- 3 tabletes de maconha;
- 1 pistola Taurus calibre 9mm;
- 1 revólver Taurus calibre .38.
As equipes envolvidas foram a Força Comando do 1º CR, a Força 01 do 4º CR, com apoio da FT 20 (1º CR) e do ALI FT (4º CR).
A ação reforça o lema da corporação:
“Onde for preciso, com a maior força possível, o mais rápido que puder.”
Assentamento Coroado, Santo Antônio do Leverger – MT
https://www.instagram.com/reel/DQpJ8VQgJW-/?igsh=MWtxZzF5N2M5cTBleQ==
Cidades
Filhote jogado no lixo é salvo por garis e comove moradores de Rondonópolis
Em Rondonópolis, onde as histórias do dia-a-dia se cruzam com a correria da cidade grande e a simplicidade de bairro, uma cena triste amanheceu falando mais alto que o barulho dos caminhões de coleta. Um filhote de cachorro, pequeno demais para entender a maldade do mundo, foi encontrado dentro de um saco de lixo, prestes a ser triturado junto com os resíduos da manhã.
A cena aconteceu nesta sexta-feira (09), no bairro Alfredo de Castro. Os coletores faziam a rotina de sempre — aquele trabalho duro e indispensável — quando um barulho diferente chamou atenção. Um chorinho abafado, tímido, insistente, vinha de uma das sacolas deixadas na calçada.
Antes de lançar o saco para dentro do caminhão, um dos garis decidiu conferir. E ali, escondido entre restos de comida e embalagens, estava o filhotinho, assustado, tremendo, mas vivo.
Uma vida inteira jogada fora — literalmente — mas recuperada pela sensibilidade de quem trabalha todos os dias lidando com aquilo que a cidade descarta.
O animal foi retirado às pressas, limpo e acolhido pelos próprios coletores, que interromperam o serviço para garantir que o pequeno tivesse ar, água e um pouco de carinho.
A equipe relatou que, se o caminhão já estivesse em movimento, não daria tempo para o salvamento.
O resgate emociona porque revela o contraste de dois extremos: alguém que descartou uma vida como se fosse lixo, e trabalhadores que, mesmo com a rotina exaustiva e o relógio correndo, escolheram proteger o indefeso.
O caso reacende debates antigos, mas sempre necessários, sobre maus-tratos e abandono de animais em Rondonópolis. Em uma cidade que cresce rápido, ainda é comum ver cães e gatos sendo deixados para trás — alguns encontrados em caixas, outros amarrados em terrenos vazios, e, como hoje, dentro de sacos de lixo. Cada história carrega um pedido silencioso por mais humanidade.
O filhote, que por pouco não teve a vida interrompida, agora está sendo acompanhado pelos profissionais que o resgataram. A intenção é que ele receba atendimento veterinário e, em seguida, seja encaminhado para adoção responsável — longe de qualquer risco e perto de quem entenda o valor de cuidar.
Enquanto isso, fica o apelo à população: maus-tratos são crime, e não existe justificativa para este tipo de crueldade. Denunciar pode salvar vidas — literalmente.
Hoje, no meio da pressa da cidade, três garis pararam o mundo por alguns minutos para ouvir um pedido de socorro que quase passou despercebido.
E graças a eles, Rondonópolis ganhou não só um resgate, mas um lembrete poderoso: ainda existe gente que escolhe o lado certo da história.


