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Profissão x formação

Mais de 55 mil registros de jornalistas sem diploma são concedidos no Brasil desde decisão do STF, revela Ministério do Trabalho

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Curiosidades

Uma informação que reacende o debate sobre a valorização do jornalismo profissional no Brasil: desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou, em 2009, a obrigatoriedade do diploma de curso superior em Jornalismo, mais de 55 mil pessoas sem formação na área conseguiram o registro profissional de jornalista (conhecido como Mtb) no país.

O levantamento foi solicitado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e mostra os impactos diretos da decisão que mudou o rumo da profissão.

De acordo com os dados oficiais, o estado de São Paulo lidera o ranking, com 23.683 registros concedidos a não diplomados. Em seguida aparecem Rio de Janeiro (6.558), Minas Gerais (3.819), Distrito Federal (2.447), Rio Grande do Sul (2.130) e Santa Catarina (1.620).

Para a Fenaj e os 31 sindicatos de jornalistas de todo o país, a decisão do STF representou um grave retrocesso. As entidades afirmam que a medida enfraqueceu a regulamentação profissional, favoreceu o trabalho precário e comprometeu a qualidade da informação entregue à sociedade.

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“Sem a exigência do diploma, o jornalismo perdeu uma de suas maiores garantias de credibilidade: o compromisso ético e técnico de quem foi preparado para informar com responsabilidade”, defende a Fenaj em nota.

A federação também alerta que a desregulamentação da profissão abriu espaço para a proliferação de conteúdos sem rigor técnico e sem compromisso ético, o que contribui diretamente para o crescimento da desinformação e das fake news — fenômeno que hoje ameaça a democracia e confunde o público.

Por isso, entidades jornalísticas reforçam a urgência na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206/2012, conhecida como PEC do Diploma, que busca restabelecer a formação superior em Jornalismo como requisito obrigatório para o exercício da profissão no país.

Atualmente, com o avanço das redes sociais e o domínio das Big Techs sobre o fluxo de informações, profissionais formados enfrentam uma dupla luta: garantir a valorização do diploma e resistir à precarização das condições de trabalho.

A Fenaj destaca que a defesa da PEC do Diploma é, acima de tudo, uma defesa da sociedade, que tem direito a uma informação ética, técnica e de qualidade.

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Cidades

Filhote jogado no lixo é salvo por garis e comove moradores de Rondonópolis

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Em Rondonópolis, onde as histórias do dia-a-dia se cruzam com a correria da cidade grande e a simplicidade de bairro, uma cena triste amanheceu falando mais alto que o barulho dos caminhões de coleta. Um filhote de cachorro, pequeno demais para entender a maldade do mundo, foi encontrado dentro de um saco de lixo, prestes a ser triturado junto com os resíduos da manhã.

A cena aconteceu nesta sexta-feira (09), no bairro Alfredo de Castro. Os coletores faziam a rotina de sempre — aquele trabalho duro e indispensável — quando um barulho diferente chamou atenção. Um chorinho abafado, tímido, insistente, vinha de uma das sacolas deixadas na calçada.

Antes de lançar o saco para dentro do caminhão, um dos garis decidiu conferir. E ali, escondido entre restos de comida e embalagens, estava o filhotinho, assustado, tremendo, mas vivo.

Uma vida inteira jogada fora — literalmente — mas recuperada pela sensibilidade de quem trabalha todos os dias lidando com aquilo que a cidade descarta.

O animal foi retirado às pressas, limpo e acolhido pelos próprios coletores, que interromperam o serviço para garantir que o pequeno tivesse ar, água e um pouco de carinho.

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A equipe relatou que, se o caminhão já estivesse em movimento, não daria tempo para o salvamento.

O resgate emociona porque revela o contraste de dois extremos: alguém que descartou uma vida como se fosse lixo, e trabalhadores que, mesmo com a rotina exaustiva e o relógio correndo, escolheram proteger o indefeso.

O caso reacende debates antigos, mas sempre necessários, sobre maus-tratos e abandono de animais em Rondonópolis. Em uma cidade que cresce rápido, ainda é comum ver cães e gatos sendo deixados para trás — alguns encontrados em caixas, outros amarrados em terrenos vazios, e, como hoje, dentro de sacos de lixo. Cada história carrega um pedido silencioso por mais humanidade.

O filhote, que por pouco não teve a vida interrompida, agora está sendo acompanhado pelos profissionais que o resgataram. A intenção é que ele receba atendimento veterinário e, em seguida, seja encaminhado para adoção responsável — longe de qualquer risco e perto de quem entenda o valor de cuidar.

Enquanto isso, fica o apelo à população: maus-tratos são crime, e não existe justificativa para este tipo de crueldade. Denunciar pode salvar vidas — literalmente.

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Hoje, no meio da pressa da cidade, três garis pararam o mundo por alguns minutos para ouvir um pedido de socorro que quase passou despercebido.

E graças a eles, Rondonópolis ganhou não só um resgate, mas um lembrete poderoso: ainda existe gente que escolhe o lado certo da história.

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