Curiosidades
Luiz Inácio Lula da Silva & Donald Trump em encontro decisivo em Kuala Lumpur
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Num domingo quente e cheio de câmeras curiosas em Kuala Lumpur, capital da Malásia, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump finalmente se olharam nos olhos. O encontro, realizado às margens da cúpula da ASEAN, durou pouco menos de uma hora — mas foi o bastante pra reacender as conversas entre Brasil e Estados Unidos, dois países que vinham se estranhando desde o início do novo governo americano.
Foi um gesto carregado de simbolismo. De um lado, Lula representando um Brasil que busca espaço e respeito nas mesas de decisão global. Do outro, Trump, recém-retornado ao poder, querendo reafirmar liderança e redesenhar alianças no mapa político do mundo.
Um diálogo que parecia improvável
Nos bastidores, diplomatas chamaram a reunião de “um recomeço com cautela”. O clima era mais leve do que o esperado. Sem discursos duros, sem apontar culpados — apenas o reconhecimento de que o comércio entre as duas nações não pode continuar travado.
Lula foi direto: pediu a revisão das tarifas de até 50% que os EUA impuseram sobre produtos brasileiros e defendeu a retomada de um “trato de parceria e não de punição”.
Trump respondeu em tom pragmático: “Podemos resolver isso. Quero fazer bons acordos para os dois países”, teria dito a Lula, segundo fontes próximas à reunião. O americano, que vinha endurecendo o tom contra exportadores estrangeiros, usou o encontro para testar um novo caminho — mais político e menos explosivo.
Brasil volta ao jogo
Para Lula, a conversa em Kuala Lumpur vai além das tarifas. É uma tentativa de reposicionar o Brasil no debate internacional.
Nos últimos meses, o país vinha sendo citado apenas por crises internas e atritos comerciais. Agora, com o encontro, Brasília tenta mostrar que ainda é protagonista no diálogo com grandes potências.
“O que buscamos é respeito e cooperação. Não há motivo pra desavença entre Brasil e Estados Unidos”, declarou Lula à imprensa após a reunião.
Trump, por sua vez, preferiu uma fala curta, mas simbólica: “Gosto do Brasil. Podemos fazer grandes coisas juntos.”
Entre gestos e realidades
Apesar da boa vontade, nenhum acordo formal foi assinado. O que ficou decidido é que as equipes dos dois países vão se reunir “imediatamente” para buscar uma saída técnica para as tarifas e sanções impostas a autoridades brasileiras.
A diplomacia costuma andar devagar, mas a cena deste domingo já muda o clima: um aperto de mão em solo asiático que, se render frutos, pode aliviar a tensão e abrir novos caminhos comerciais.
Na voz da WebTV Mato Grosso
“Lula e Trump frente a frente: o encontro que reacende o diálogo entre Brasil e Estados Unidos. Depois de meses de tensão e barreiras comerciais, os dois líderes abriram espaço para reconstruir a relação entre as duas maiores economias das Américas. Ainda sem acordos fechados, mas com a promessa de novos passos. E isso, na política internacional, já é um grande começo.”
Cidades
Filhote jogado no lixo é salvo por garis e comove moradores de Rondonópolis
Em Rondonópolis, onde as histórias do dia-a-dia se cruzam com a correria da cidade grande e a simplicidade de bairro, uma cena triste amanheceu falando mais alto que o barulho dos caminhões de coleta. Um filhote de cachorro, pequeno demais para entender a maldade do mundo, foi encontrado dentro de um saco de lixo, prestes a ser triturado junto com os resíduos da manhã.
A cena aconteceu nesta sexta-feira (09), no bairro Alfredo de Castro. Os coletores faziam a rotina de sempre — aquele trabalho duro e indispensável — quando um barulho diferente chamou atenção. Um chorinho abafado, tímido, insistente, vinha de uma das sacolas deixadas na calçada.
Antes de lançar o saco para dentro do caminhão, um dos garis decidiu conferir. E ali, escondido entre restos de comida e embalagens, estava o filhotinho, assustado, tremendo, mas vivo.
Uma vida inteira jogada fora — literalmente — mas recuperada pela sensibilidade de quem trabalha todos os dias lidando com aquilo que a cidade descarta.
O animal foi retirado às pressas, limpo e acolhido pelos próprios coletores, que interromperam o serviço para garantir que o pequeno tivesse ar, água e um pouco de carinho.
A equipe relatou que, se o caminhão já estivesse em movimento, não daria tempo para o salvamento.
O resgate emociona porque revela o contraste de dois extremos: alguém que descartou uma vida como se fosse lixo, e trabalhadores que, mesmo com a rotina exaustiva e o relógio correndo, escolheram proteger o indefeso.
O caso reacende debates antigos, mas sempre necessários, sobre maus-tratos e abandono de animais em Rondonópolis. Em uma cidade que cresce rápido, ainda é comum ver cães e gatos sendo deixados para trás — alguns encontrados em caixas, outros amarrados em terrenos vazios, e, como hoje, dentro de sacos de lixo. Cada história carrega um pedido silencioso por mais humanidade.
O filhote, que por pouco não teve a vida interrompida, agora está sendo acompanhado pelos profissionais que o resgataram. A intenção é que ele receba atendimento veterinário e, em seguida, seja encaminhado para adoção responsável — longe de qualquer risco e perto de quem entenda o valor de cuidar.
Enquanto isso, fica o apelo à população: maus-tratos são crime, e não existe justificativa para este tipo de crueldade. Denunciar pode salvar vidas — literalmente.
Hoje, no meio da pressa da cidade, três garis pararam o mundo por alguns minutos para ouvir um pedido de socorro que quase passou despercebido.
E graças a eles, Rondonópolis ganhou não só um resgate, mas um lembrete poderoso: ainda existe gente que escolhe o lado certo da história.