Pitbull ataca criança em saída de creche
Criança é atacada por cachorro ao sair de creche em Rondonópolis; família pede providências das autoridades
Cidades
Uma manhã que deveria ser comum terminou em desespero para uma família de Rondonópolis. A pequena Lívia, de apenas um ano e sete meses, foi atacada por um cachorro da raça pitbull quando saía da Creche Municipal localizada entre os bairros Lajeadinho e Itapuã.
Segundo relatos da família à WebTV Mato Grosso, o pai da menina conduzia a moto devagar, como de costume, levando a filha no colo, quando foi surpreendido por um grupo de cães soltos na rua. Entre eles, um pitbull marrom avançou de repente contra a criança.

Criança leva ponto após ataque de pitbull
“Se o pai dela não tivesse jogado a moto de lado na hora que o cachorro pulou, ele tinha arrancado um pedaço da menina”, contou uma familiar, emocionada. “Foi o reflexo dele que livrou o pior”, completou.
Mesmo com a manobra rápida, Lívia foi mordida na perna, precisando ser levada às pressas ao peazinho , onde recebeu atendimento médico e levou pontos no ferimento. A criança também teve que iniciar o protocolo de vacinação antirrábica e de prevenção contra infecções.
A família relata que a situação dos cães soltos nas ruas da região tem se tornado cada vez mais preocupante. “Tá perigoso demais. Quando a gente tava no Peazinho, chegou outra criança mordida de cachorro. Tá virando rotina”, desabafou uma das moradoras.
Moradores pedem que os órgãos competentes do município tomem providências urgentes — seja por meio de campanhas de conscientização e responsabilidade dos tutores, seja por ações de recolhimento e controle de animais soltos.
A WebTV Mato Grosso tentou contato com órgãos ligado à prefeitura de Rondonópolis via celular e WhatsApp para saber se há algum programa ativo de controle de animais de rua e se medidas emergenciais serão tomadas após o caso. Assim que houver resposta, novas informações serão atualizadas nesta reportagem.
Cidades
Filhote jogado no lixo é salvo por garis e comove moradores de Rondonópolis
Em Rondonópolis, onde as histórias do dia-a-dia se cruzam com a correria da cidade grande e a simplicidade de bairro, uma cena triste amanheceu falando mais alto que o barulho dos caminhões de coleta. Um filhote de cachorro, pequeno demais para entender a maldade do mundo, foi encontrado dentro de um saco de lixo, prestes a ser triturado junto com os resíduos da manhã.
A cena aconteceu nesta sexta-feira (09), no bairro Alfredo de Castro. Os coletores faziam a rotina de sempre — aquele trabalho duro e indispensável — quando um barulho diferente chamou atenção. Um chorinho abafado, tímido, insistente, vinha de uma das sacolas deixadas na calçada.
Antes de lançar o saco para dentro do caminhão, um dos garis decidiu conferir. E ali, escondido entre restos de comida e embalagens, estava o filhotinho, assustado, tremendo, mas vivo.
Uma vida inteira jogada fora — literalmente — mas recuperada pela sensibilidade de quem trabalha todos os dias lidando com aquilo que a cidade descarta.
O animal foi retirado às pressas, limpo e acolhido pelos próprios coletores, que interromperam o serviço para garantir que o pequeno tivesse ar, água e um pouco de carinho.
A equipe relatou que, se o caminhão já estivesse em movimento, não daria tempo para o salvamento.
O resgate emociona porque revela o contraste de dois extremos: alguém que descartou uma vida como se fosse lixo, e trabalhadores que, mesmo com a rotina exaustiva e o relógio correndo, escolheram proteger o indefeso.
O caso reacende debates antigos, mas sempre necessários, sobre maus-tratos e abandono de animais em Rondonópolis. Em uma cidade que cresce rápido, ainda é comum ver cães e gatos sendo deixados para trás — alguns encontrados em caixas, outros amarrados em terrenos vazios, e, como hoje, dentro de sacos de lixo. Cada história carrega um pedido silencioso por mais humanidade.
O filhote, que por pouco não teve a vida interrompida, agora está sendo acompanhado pelos profissionais que o resgataram. A intenção é que ele receba atendimento veterinário e, em seguida, seja encaminhado para adoção responsável — longe de qualquer risco e perto de quem entenda o valor de cuidar.
Enquanto isso, fica o apelo à população: maus-tratos são crime, e não existe justificativa para este tipo de crueldade. Denunciar pode salvar vidas — literalmente.
Hoje, no meio da pressa da cidade, três garis pararam o mundo por alguns minutos para ouvir um pedido de socorro que quase passou despercebido.
E graças a eles, Rondonópolis ganhou não só um resgate, mas um lembrete poderoso: ainda existe gente que escolhe o lado certo da história.