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Ação na zona rural

Operação Tolerância Zero prende liderança e executores de facção escondidos na zona rural de Rondonópolis

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Cidades

A tarde de sábado terminou com um daqueles movimentos silenciosos que só quem vive na zona rural percebe primeiro: motos passando devagar, poeira levantando na estrada e um clima de que algo estava fora do lugar na Comunidade Lambari, região de mata fechada a poucos quilômetros da cidade. Era a Força Tática iniciando mais um desdobramento da Operação Tolerância Zero, ação permanente de combate às facções criminosas que atuam em Rondonópolis.

Desta vez, a ofensiva mirava exatamente o lugar onde a polícia sabia que os grupos estavam se escondendo — uma espécie de “porto seguro” improvisado para quem foge da lei e tenta se perder no silêncio da zona rural. Informações compartilhadas pela DERF (Polícia Civil) e pela ALI–FT indicavam que parte da liderança e executores de uma organização criminosa estavam circulando em uma Fiat Strada, usada constantemente em fugas entre Rondonópolis e Cuiabá.

Abordagem e descoberta

Durante o patrulhamento, a guarnição localizou o veículo estacionado em frente a uma residência simples da comunidade. A aproximação foi rápida. Um dos suspeitos ainda tentou correr para dentro da casa, mas não teve tempo de avançar.

Material apreendido Imagen Polícia Militar

Lá dentro, a cena confirmava o que já era investigado: várias pessoas reunidas, celulares espalhados, chips soltos, movimentação típica de quem tenta coordenar crimes a distância. Durante a varredura no imóvel, os policiais encontraram um rifle calibre .22, um carregador e 10 munições intactas. No veículo, mais seis munições calibre .32 foram apreendidas.

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A checagem nominal transformou a operação padrão em um grande desmonte:

— Um dos presos tinha três mandados em aberto e é apontado como liderança da facção, ligado a diversos homicídios recentes na cidade.

— Outro, também com três mandados, é investigado como executor, suspeito inclusive de matar o criminoso conhecido como “Lérinho”.

— Um terceiro preso tinha mandado ativo e também integrava o grupo.

— Um quarto suspeito confessou ter rompido a tornozeleira eletrônica e jogado fora.

— O último integrante possuía passagens por tráfico, arma de fogo e associação criminosa.

Não houve registro de lesões. Todos foram conduzidos para a 1ª Delegacia de Rondonópolis, onde permanecem à disposição da Justiça.

A vida escondida além da cidade

A operação reforça um ponto muitas vezes invisível para quem vive na área urbana: facções não se escondem apenas em becos ou casas abandonadas. Nos últimos anos, parte dos comandos criminosos migrou para regiões rurais, onde a mata, a distância e o silêncio servem de proteção.

Mas, ontem, esse silêncio foi rompido.

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A Força Tática, junto com a ALI–FT e a Polícia Civil (DERF), tirou de circulação pessoas consideradas perigosas, devolvendo um pouco mais de tranquilidade para as famílias que moram e trabalham naquela região — gente simples, que acorda cedo, cuida da terra e só quer viver em paz.

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Cidades

Filhote jogado no lixo é salvo por garis e comove moradores de Rondonópolis

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Em Rondonópolis, onde as histórias do dia-a-dia se cruzam com a correria da cidade grande e a simplicidade de bairro, uma cena triste amanheceu falando mais alto que o barulho dos caminhões de coleta. Um filhote de cachorro, pequeno demais para entender a maldade do mundo, foi encontrado dentro de um saco de lixo, prestes a ser triturado junto com os resíduos da manhã.

A cena aconteceu nesta sexta-feira (09), no bairro Alfredo de Castro. Os coletores faziam a rotina de sempre — aquele trabalho duro e indispensável — quando um barulho diferente chamou atenção. Um chorinho abafado, tímido, insistente, vinha de uma das sacolas deixadas na calçada.

Antes de lançar o saco para dentro do caminhão, um dos garis decidiu conferir. E ali, escondido entre restos de comida e embalagens, estava o filhotinho, assustado, tremendo, mas vivo.

Uma vida inteira jogada fora — literalmente — mas recuperada pela sensibilidade de quem trabalha todos os dias lidando com aquilo que a cidade descarta.

O animal foi retirado às pressas, limpo e acolhido pelos próprios coletores, que interromperam o serviço para garantir que o pequeno tivesse ar, água e um pouco de carinho.

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A equipe relatou que, se o caminhão já estivesse em movimento, não daria tempo para o salvamento.

O resgate emociona porque revela o contraste de dois extremos: alguém que descartou uma vida como se fosse lixo, e trabalhadores que, mesmo com a rotina exaustiva e o relógio correndo, escolheram proteger o indefeso.

O caso reacende debates antigos, mas sempre necessários, sobre maus-tratos e abandono de animais em Rondonópolis. Em uma cidade que cresce rápido, ainda é comum ver cães e gatos sendo deixados para trás — alguns encontrados em caixas, outros amarrados em terrenos vazios, e, como hoje, dentro de sacos de lixo. Cada história carrega um pedido silencioso por mais humanidade.

O filhote, que por pouco não teve a vida interrompida, agora está sendo acompanhado pelos profissionais que o resgataram. A intenção é que ele receba atendimento veterinário e, em seguida, seja encaminhado para adoção responsável — longe de qualquer risco e perto de quem entenda o valor de cuidar.

Enquanto isso, fica o apelo à população: maus-tratos são crime, e não existe justificativa para este tipo de crueldade. Denunciar pode salvar vidas — literalmente.

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Hoje, no meio da pressa da cidade, três garis pararam o mundo por alguns minutos para ouvir um pedido de socorro que quase passou despercebido.

E graças a eles, Rondonópolis ganhou não só um resgate, mas um lembrete poderoso: ainda existe gente que escolhe o lado certo da história.

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