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Rondonópolis viveu uma manhã de emoção e tradição neste sábado (02/08), com a realização da 37ª Cavalgada da Exposul. O evento, que marca a abertura oficial da maior feira agropecuária da região sul de Mato Grosso, reuniu milhares de pessoas ao longo do trajeto e bateu recorde de participação com mais de 700 cavaleiros, amazonas e comitivas de carros de bois.

Rondonópolis Celebra a Tradição com a Maior Cavalgada do Mato Grosso na Abertura da 51ª Exposul

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Agronegócio

O amanhecer de  sábado (02) foi em clima de festa, emoção e tradição. Logo às 8h, as ruas da cidade se encheram de vida com a 37ª edição da Cavalgada da Exposul — evento que marca oficialmente o início da 51ª Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Rondonópolis, a maior do estado. Com mais de 700 cavaleiros, amazonas, comitivas e carros de bois, o desfile rural encantou o público e reforçou a importância cultural e histórica do setor agropecuário na região.

Do Parque Encontro das Águas, passando pelas avenidas Fernando Corrêa, Lions, Júlio Campos e dos Estudantes, até o Parque de Exposições Wilmar Peres de Farias, o trajeto foi tomado por famílias, crianças e admiradores da vida no campo. Entre os destaques do evento esteve o prefeito Cláudio Ferreira, que participou montado em uma mula e carregando orgulhosamente as bandeiras de Rondonópolis e do Brasil. A primeira-dama e secretária de Assistência Social, Alessandra Ferreira, também acompanhou a cavalgada.

“Rondonópolis foi construída sobre os lombos das mulas e boisParticipar montado aqui é uma forma de honrar a nossas raízes” Prefeito Cláudio Ferreira

Rondonópolis foi construída sobre os lombos das mulas e bois. Participar montado aqui é uma forma de honrar a nossas raízes”, afirmou o prefeito durante o trajeto, enquanto interagia com o público com entusiasmo e visível emoção. A participação dele marcou um momento inédito: é a primeira vez que um chefe do Executivo municipal cavalga oficialmente no evento.

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Um Patrimônio Cultural Visto por Milhares

A multidão que acompanhou a cavalgada de ponta a ponta pôde presenciar um espetáculo de organização, beleza e respeito à tradição. Trajes típicos, animais bem cuidados e comitivas de diversas cidades, como Ribeirãozinho e Pontal do Araguaia, deram ainda mais brilho ao cortejo rural. Muitas crianças se encantaram com os animais e os carros de bois, reacendendo memórias de gerações passadas e despertando a curiosidade das futuras.

O presidente do Sindicato Rural, Lucindo Zamboni Junior, celebrou o sucesso do evento. “É a maior cavalgada do estado, sem dúvida. É maravilhoso ver famílias, crianças, comitivas inteiras participando com alegria. Isso é Rondonópolis, isso é a Exposul”, declarou. Já o diretor Leandro Araújo Hinrichsen destacou o número recorde de inscrições: 707 animais participaram oficialmente. “É um desafio imenso, mas conseguimos realizar tudo dentro das normas. E, o melhor, sem intercorrências”, pontuou.

Após o percurso, todos os participantes foram recepcionados com o tradicional almoço da queima do alho, servido com arroz carreteiro, coroando a manhã com sabor e confraternização.

Exposul 51: Uma Semana de Tradição, Negócios e Grandes Shows

A Exposul segue até o dia 9 de agosto com uma programação intensa. Amanhã (04/08), segunda-feira, o público poderá participar da abertura da Vitrine Agropec, com palestras gratuitas sobre crédito rural, sustentabilidade, comunicação e tendências do agronegócio, a partir das 14h no Centro de Eventos Adolfo Tadeu.

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À noite, às 19h, ocorre a abertura oficial da Exposul, com presença de autoridades e lideranças políticas. Na sequência, o Senar-MT abre a Vitrine da Carne com oficinas de cortes e preparo de carnes diversas. Encerrando o dia, a dupla católica Ramon & Rafael sobe ao palco da Arena João Potero às 21h para um show de fé e celebração.

A feira contará ainda com rodeio, torneio leiteiro, seis leilões e shows com grandes nomes da música nacional, como Ana Castela, Israel & Rodolffo, Edson & Hudson, Hugo & Guilherme, Fred & Fabrício, entre outros. Três dias do evento terão portões abertos gratuitamente ao público, incluindo a abertura do rodeio, na quarta-feira (06).

O passaporte para os demais dias segue à venda no valor do primeiro lote (R$ 279,99) em diversos pontos da cidade, como West Country, Padaria Vip, Txc, Arizzonas e A Ideal Tecidos.

Foto: Sindicato Rural

Tradição Que Se Renova

A Cavalgada da Exposul não é apenas o início de uma feira. Ela é um símbolo vivo da cultura de Rondonópolis, da força do campo e do orgulho de um povo que honra suas raízes. Com o compromisso dos organizadores, o apoio dos órgãos públicos e o entusiasmo do público, a edição de 2025 já entrou para a história.

“Preservar essa tradição é olhar para o futuro com respeito pelo passado”, resumiu o prefeito Cláudio Ferreira. E, com essa visão, Rondonópolis segue firme — unindo modernidade, cultura e desenvolvimento no coração do Mato Grosso.

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Agronegócio

Ampliação da Unidade da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Rondonópolis – Um novo capítulo para o grão e o produtor

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Na reta final de outubro de 2025, a Conab oficializou a entrega das obras de modernização de sua “Unidade Armazenadora de Rondonópolis” em Mato Grosso, com vista à ampliação da capacidade de armazenamento.  Entre as intervenções citadas estão: instalação de painéis de energia fotovoltaica, recuperação da linha de recepção e das instalações de processamento de grãos, entre outras melhorias.  Segundo o anúncio oficial, com essas obras a unidade recupera “capacidade estática total em 55,2 mil toneladas”. 

A presença de Edgar Pretto, presidente da Conab, foi confirmada no evento de inauguração. Embora os anúncios não detalhem extensamente sua fala, em entrevistas e redes sociais ele já vem destacando que desde 2023 houve um movimento para “aumentar em 42% a nossa capacidade de armazenagem”.  A escolha de Rondonópolis não é por acaso: o município está estrategicamente localizado em região de forte expansão agrícola – em especial produção de grãos — o que contribui para reduzir custos logísticos e possibilitar uma melhor articulação entre armazenagem, escoamento e comercialização.

Na prática, o produtor da região — e da cadeia que depende de milho como insumo, como avicultura, suinocultura, pecuária de corte — passa a contar com uma estrutura da Conab que promete maior fluidez no recebimento, estocagem e distribuição do grão.

O que isso representa para o mercado de milho

Em paralelo à inauguração, a Conab retoma e enfatiza programas que visam facilitar o acesso ao milho pelo produtor e criador rural. Um deles é o Programa de Venda em Balcão (ProVB), que “permite a venda direta dos estoques de milho em grãos ao criador rural de pequeno porte, por meio de vendas diretas, a preços compatíveis com os praticados nos mercados atacadistas locais.” 

Além disso, em julho de 2025, a Conab anunciou a compra de 50 mil toneladas de milho em grãos para recompor estoques públicos destinados ao ProVB — recebendo parte desse volume na unidade de Rondonópolis (aproximadamente 3 mil toneladas).  Isso demonstra que não se trata apenas de ampliar armazenamento para fins especulativos ou exportadores, mas de integrar a logística com uma política de abastecimento interno e apoio aos pequenos criadores.

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Para o produtor rural que cultiva milho ou que dele depende como insumo, esses fatos trazem alguns impactos potenciais:

Redução de custo logístico: Com armazenamento mais próximo e em volume adequado pode haver diminuição de frete ou tempo de espera para escoamento.

Melhor acesso ao mercado institucional: A Conab, ao fazer oferta de compra ou disponibilização de volume para o ProVB, amplia alternativas em relação ao mercado comercial tradicional.

Estímulo à estabilidade de preços: Em contextos de colheita ou safra abundante, o escoamento e estocagem são críticos para evitar quedas bruscas de preços ou entulhos logísticos. A própria Conab reconheceu que preços de milho caíram em diversas praças e que isso reforça a necessidade de seu papel no abastecimento.  

Política de apoio ao pequeno produtor: O ProVB exige que o beneficiário seja pequeno criador (avicultores, suinocultores, bovinocultores etc) e atenda a critérios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).  

Contextualização regional e desafios à frente

A modernização da unidade de Rondonópolis vem num momento em que o Cerrado e o Centro-Oeste estão protagonizando a produção de grãos no Brasil — mas também enfrentando barreiras estruturais: infraestrutura, estradas, armazenagem, transporte ferroviário, e variações climáticas. Ao fortalecer a rede de estoques da Conab, busca-se uma resposta dessas demandas.

Contudo, alguns desafios persistem:

A ampliação física da capacidade de armazenagem precisa ser acompanhada de eficiência operacional, tecnologia de silagem apropriada, controle de qualidade, e integração com transporte (rodoviário ou ferroviário) para realmente reduzir custos.

Para o programa de venda direta ao produtor ou criador (ProVB), há necessidade de que o produtor esteja cadastrado, atenda aos critérios (DAP/Pronaf ou CAF-Pronaf), e que haja logística de retirada ou entrega do produto. Esses rampes muitas vezes dificultam o acesso.  

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No mercado de milho mais amplo, ainda existe forte interdependência com exportações, câmbio, custos de fertilizantes e defensivos (que afetam cultura do milho), além de demanda da cadeia de carnes e dos grãos. A estratégia da Conab surge como um instrumento de política pública, mas não como solução única.

O que observar daqui para frente

Para você que cobre o jornalismo agrícola com olhar técnico e humano, valem alguns pontos de atenção:

Verificar na prática quantos “criadores rurais de pequeno porte” se habilitam ao ProVB e qual o volume efetivo de milho entregue por mês ou safra.

Observar se o custo menor prometido pela Conab se traduz em economia para o produtor final (em comparação ao mercado local).

Mapear a logística de retirada/entrega: se o produtor da região de Rondonópolis ou adjacentes terá estoque mais próxima, ou se ainda precisará frete significativo.

Acompanhar se a unidade de Rondonópolis recebe mais volumes de milho ou outros grãos, e se isso influi em preços regionais.

Verificar como essas políticas se interligam com a agricultura familiar, com a pecuária local e com os pequenos criadores rurais — na linha que você costuma trabalhar, humanizando as implicações.

Conclusão

Com a nova estrutura em Rondonópolis, a Conab reforça sua atuação logística e política no Brasil-grão. A presença de Edgar Pretto sela o papel institucional que está sendo lançado: não apenas armazenar mais, mas atuar no fornecimento direto, em condições mais acessíveis, para quem produz ou depende do milho em escala menor. É uma aposta prática — se funcionar bem, pode favorecer o produtor que até agora era “pequeno” para o mercado tradicional, e precisa de alternativa de abastecimento.

Mas como todo esse tipo de política, a eficácia estará no detalhe: cadastro, acesso, transparência, logística, custo. Para o leitor do seu site, será interessante ver o “antes e depois”: Quantos criadores acessaram? Qual a economia? Se o milho está mais perto? Se o efeito se reflete no bolso de quem cria?

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