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Um erro pequeno, consequência enorme

Baterias de lítio: quando o poder do cotidiano vira risco silencioso

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Naquele canto da sala onde você deixa o celular carregando, ou no canto da garagem onde estaciona a e-bike após um dia de pedal, mora uma bateria que talvez você nunca tenha parado para pensar. As baterias de íon-lítio estão em todos os aparelhos que usamos, de fones de ouvido a notebooks, de scooters elétricas a powerbanks. E justamente por estarem tão presentes, o risco costuma passar despercebido — até que algo saia fora de controle.

O que está acontecendo?

Nos últimos anos, estudos e relatórios mostram um aumento nos incidentes envolvendo esse tipo de bateria. Por exemplo:

  • Um estudo apontou que, em 2023, na cidade de Nova York houve 268 incêndios com dispositivos que usam baterias de íon-lítio — 150 pessoas feridas, 18 mortes.  
  • Outra análise afirma que em cinco anos surgiram mais de 25.000 casos de superaquecimento ou incêndio de baterias desse tipo nos EUA.  
  • Apesar disso, é importante lembrar que o risco para cada bateria individual permanece baixo — alguns especialistas estimam falhas com probabilidade inferior a 1 em 10 milhões para células de qualidade.  
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Como e por que isso pode acontecer

A chave para entender o fenômeno está em um termo técnico — fuga térmica (thermal runaway). Em linguagem mais simples:

  • Uma falha, dano ou uso errado faz com que a bateria comece a aquecer.  
  • Esse aquecimento gera uma reação química acelerada no seu interior, liberando mais calor.  
  • Em minutos, ou até segundos em casos extremos, a bateria pode gerar chamas, gases inflamáveis ou explosão.  
  • Fatores comuns de gatilho incluem: uso de carregador sem certificação, danos físicos (queda, perfuração), exposição prolongada ao calor ou ao sol, ou manutenção inadequada.  

Por que importa para você e para sua casa

Mesmo sabendo que a chance de falha é pequena, o impacto de um acidente desse tipo pode ser muito grande: incêndios rápidos, fumaça tóxica, explosões que danificam móveis, paredes e até estruturas da casa. E raramente acontecem sozinhos — o dano muitas vezes se agrava porque a bateria está em carregamento ou em local pouco ventilado.

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Dicas práticas para ficar seguro

  • Carregue celulares, notebooks e powerbanks com carregadores originais ou certificados.
  • Evite deixar dispositivos carregando sobre travesseiros, colchões ou tecidos inflamáveis; prefira superfícies duras e ventiladas.
  • Se uma bateria começar a inchar, esquentar demais ou apresentar cheiro/ fumaça, desligue, desconecte e descarte em ponto de coleta adequado.
  • No caso de e-bikes, scooters elétricas ou baterias maiores: carregue em local aberto ou garagem ventilada. Nunca em quartos ou corredores fechados, especialmente à noite.
  • Tenha detectores de fumaça funcionando em casa e água/adiquente de prevenção. Em caso de fogo: afaste-se, chame o corpo de bombeiros — baterias desse tipo podem gerar chamas e gases que fogem rápido.
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Cidades

Filhote jogado no lixo é salvo por garis e comove moradores de Rondonópolis

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Em Rondonópolis, onde as histórias do dia-a-dia se cruzam com a correria da cidade grande e a simplicidade de bairro, uma cena triste amanheceu falando mais alto que o barulho dos caminhões de coleta. Um filhote de cachorro, pequeno demais para entender a maldade do mundo, foi encontrado dentro de um saco de lixo, prestes a ser triturado junto com os resíduos da manhã.

A cena aconteceu nesta sexta-feira (09), no bairro Alfredo de Castro. Os coletores faziam a rotina de sempre — aquele trabalho duro e indispensável — quando um barulho diferente chamou atenção. Um chorinho abafado, tímido, insistente, vinha de uma das sacolas deixadas na calçada.

Antes de lançar o saco para dentro do caminhão, um dos garis decidiu conferir. E ali, escondido entre restos de comida e embalagens, estava o filhotinho, assustado, tremendo, mas vivo.

Uma vida inteira jogada fora — literalmente — mas recuperada pela sensibilidade de quem trabalha todos os dias lidando com aquilo que a cidade descarta.

O animal foi retirado às pressas, limpo e acolhido pelos próprios coletores, que interromperam o serviço para garantir que o pequeno tivesse ar, água e um pouco de carinho.

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A equipe relatou que, se o caminhão já estivesse em movimento, não daria tempo para o salvamento.

O resgate emociona porque revela o contraste de dois extremos: alguém que descartou uma vida como se fosse lixo, e trabalhadores que, mesmo com a rotina exaustiva e o relógio correndo, escolheram proteger o indefeso.

O caso reacende debates antigos, mas sempre necessários, sobre maus-tratos e abandono de animais em Rondonópolis. Em uma cidade que cresce rápido, ainda é comum ver cães e gatos sendo deixados para trás — alguns encontrados em caixas, outros amarrados em terrenos vazios, e, como hoje, dentro de sacos de lixo. Cada história carrega um pedido silencioso por mais humanidade.

O filhote, que por pouco não teve a vida interrompida, agora está sendo acompanhado pelos profissionais que o resgataram. A intenção é que ele receba atendimento veterinário e, em seguida, seja encaminhado para adoção responsável — longe de qualquer risco e perto de quem entenda o valor de cuidar.

Enquanto isso, fica o apelo à população: maus-tratos são crime, e não existe justificativa para este tipo de crueldade. Denunciar pode salvar vidas — literalmente.

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Hoje, no meio da pressa da cidade, três garis pararam o mundo por alguns minutos para ouvir um pedido de socorro que quase passou despercebido.

E graças a eles, Rondonópolis ganhou não só um resgate, mas um lembrete poderoso: ainda existe gente que escolhe o lado certo da história.

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