Polícia Civil prendeu, na manhã desta segunda-feira (2.6), o homem suspeito de matar o cunhado
Polícia Civil prende homem que matou o cunhado a facadas em Rondonópolis
Cidades
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta segunda-feira (2.6), o homem suspeito de matar o cunhado Elmes Rodrigues Ricalde, de 59 anos, em Rondonópolis.
De acordo com a Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Rondonópolis, a vítima foi encontrada caída no chão, já sem vida, dentro da própria residência, no bairro Ana Carla I, durante a madrugada desta segunda-feira.
A irmã de Elmes mantinha um relacionamento amoroso com o suspeito, de 46 anos, e vinha sofrendo agressões físicas nas últimas semanas.
Elmes, ao tomar conhecimento da situação que a irmã estava passando, decidiu conversar com o suspeito, na tentativa de impedir as agressões.
Durante o diálogo, o suspeito teria se exaltado, pegado uma faca de cozinha e desferido diversos golpes na região do tórax de Elmes, que não resistiu aos ferimentos. Após o crime, o suspeito fugiu do local em uma motocicleta modelo Honda Biz.
Diante das informações coletadas, a equipe da DHPP iniciou as buscas ao autor do crime. Os policiais descobriram que ele teria se escondido na zona rural, na propriedade de um parente, localizada a cerca de 83 km da zona urbana de Rondonópolis.
Após horas de buscas por estradas vicinais, os policiais conseguiram localizar o suspeito, que se mostrou nervoso e tentou se passar por outra pessoa, identificando-se com outro nome. Após ser confrontado e apresentar seus documentos, foi confirmada sua verdadeira identidade.
Cidades
Filhote jogado no lixo é salvo por garis e comove moradores de Rondonópolis
Em Rondonópolis, onde as histórias do dia-a-dia se cruzam com a correria da cidade grande e a simplicidade de bairro, uma cena triste amanheceu falando mais alto que o barulho dos caminhões de coleta. Um filhote de cachorro, pequeno demais para entender a maldade do mundo, foi encontrado dentro de um saco de lixo, prestes a ser triturado junto com os resíduos da manhã.
A cena aconteceu nesta sexta-feira (09), no bairro Alfredo de Castro. Os coletores faziam a rotina de sempre — aquele trabalho duro e indispensável — quando um barulho diferente chamou atenção. Um chorinho abafado, tímido, insistente, vinha de uma das sacolas deixadas na calçada.
Antes de lançar o saco para dentro do caminhão, um dos garis decidiu conferir. E ali, escondido entre restos de comida e embalagens, estava o filhotinho, assustado, tremendo, mas vivo.
Uma vida inteira jogada fora — literalmente — mas recuperada pela sensibilidade de quem trabalha todos os dias lidando com aquilo que a cidade descarta.
O animal foi retirado às pressas, limpo e acolhido pelos próprios coletores, que interromperam o serviço para garantir que o pequeno tivesse ar, água e um pouco de carinho.
A equipe relatou que, se o caminhão já estivesse em movimento, não daria tempo para o salvamento.
O resgate emociona porque revela o contraste de dois extremos: alguém que descartou uma vida como se fosse lixo, e trabalhadores que, mesmo com a rotina exaustiva e o relógio correndo, escolheram proteger o indefeso.
O caso reacende debates antigos, mas sempre necessários, sobre maus-tratos e abandono de animais em Rondonópolis. Em uma cidade que cresce rápido, ainda é comum ver cães e gatos sendo deixados para trás — alguns encontrados em caixas, outros amarrados em terrenos vazios, e, como hoje, dentro de sacos de lixo. Cada história carrega um pedido silencioso por mais humanidade.
O filhote, que por pouco não teve a vida interrompida, agora está sendo acompanhado pelos profissionais que o resgataram. A intenção é que ele receba atendimento veterinário e, em seguida, seja encaminhado para adoção responsável — longe de qualquer risco e perto de quem entenda o valor de cuidar.
Enquanto isso, fica o apelo à população: maus-tratos são crime, e não existe justificativa para este tipo de crueldade. Denunciar pode salvar vidas — literalmente.
Hoje, no meio da pressa da cidade, três garis pararam o mundo por alguns minutos para ouvir um pedido de socorro que quase passou despercebido.
E graças a eles, Rondonópolis ganhou não só um resgate, mas um lembrete poderoso: ainda existe gente que escolhe o lado certo da história.