Rondonópolis
Município começa receber medicamentos para abastecer unidades
Rondonópolis

O prefeito Cláudio Ferreira e a secretária de saúde Tânia Balbinotti acompanharam na tarde desta sexta-feira (14) a chegada e o descarregamento de medicamentos adquiridos pela prefeitura. Esse foi o primeiro lote de um montante total que custou para os cofres do município cerca de R$ 32 milhões.
Essa primeira carga vai abastecer as unidades de saúde do município com medicações variadas, como xaropes, antibióticos, analgésicos e soro. Alguns medicamentos indicados para pacientes da saúde mental também estão nessa carga.
“Encontramos as unidades de saúde com o estoque praticamente zerado quando chegamos na prefeitura. Queremos mitigar o sofrimento das pessoas, especialmente as que mais precisam, que foram esquecidas“, declarou o prefeito Cláudio Ferreira.

Diferente do que foi adquirido para o ano passado pela gestão municipal anterior, que teve um investimento de apenas R$ 8 milhões, a Secretaria de Saúde espera não deixar faltar nenhum tipo de medicamento nas unidades, sendo que o carregamento que acabou de chegar é apenas uma pequena parte do que foi adquirido.
A secretária de Saúde Tânia Balbinotti explicou que nesta sexta-feira foi a primeira carga que chegou, mas já tem outra para descarregar e cada lote será solicitado ao fornecedor conforme a demanda do município. “Esses 32 milhões a gente não comprou para um ano, é para suprir a necessidade por um tempo menor, provavelmente por seis meses”, comentou.
Por exemplo, o medicamento Dipirona, segundo a secretária, há oito meses não chegava nada no estoque central da Saúde, e o que for chegando já vai ser dispensado para as unidades de saúde. “Fizemos uma compra grande e agora conforme for necessitando nós vamos buscando. O básico, no geral, foi comprado”, afirmou a secretária.

Geral
Justiça Suspende Projeto de Extinção da CODER em Rondonópolis

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) suspendeu nesta quarta-feira (16) o andamento e a votação do projeto de lei que previa a liquidação da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (CODER).
A decisão foi tomada pela desembargadora Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo, da 3ª Câmara de Direito Público e Coletivo. O pedido partiu do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (SISPMUR), por meio dos advogados Naldecy Silveira e Anderson Pablo Ferreira de Camargo.
Motivos da suspensão
De acordo com a Justiça, o processo de extinção apresentava irregularidades sérias, como:
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Falta de debate prévio com a sociedade e os trabalhadores;
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Tramitação acelerada do projeto na Câmara Municipal — menos de 48 horas após o envio pelo Executivo;
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Riscos de danos graves aos mais de 600 trabalhadores da CODER e à população que depende dos serviços prestados pela companhia.
“A extinção de uma empresa pública com tantos servidores, sem discussão ampla, pode causar prejuízos enormes para a cidade”, destacou a magistrada na decisão.
Diálogo é prioridade, afirma SISPMUR
Para o presidente do SISPMUR, Gerson Ferreira Paes Júnior, a suspensão representa um ato de responsabilidade.
“Não somos contra discutir a situação da CODER, mas isso precisa ser feito com responsabilidade e ouvindo os trabalhadores. O sindicato está pronto para conversar com todos os envolvidos e buscar soluções que protejam os empregos e os serviços”, afirmou.
Mediação e protestos
A Justiça também determinou que o caso seja encaminhado à Central de Conciliação e Mediação do TJ-MT, com o objetivo de facilitar o diálogo entre as partes.
Desde o anúncio da possível liquidação, os trabalhadores da CODER vêm realizando manifestações públicas.
“É uma vitória da legalidade. A CODER está viva e mais forte. Vamos continuar na luta”, afirmou Lorrayne Rodrigues da Silva, auxiliar de conservação de vias da empresa.
Nota da Câmara Municipal
A Câmara de Vereadores de Rondonópolis divulgou nota afirmando que não foi oficialmente notificada pela Justiça até o fim da sessão do dia 16.
O Legislativo informou que todo o trâmite do projeto seguiu a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara. Ainda segundo a nota, a proposta foi votada respeitando os princípios democráticos e legais.
“A Câmara permanece atenta aos desdobramentos do caso e se manifestará de forma institucional assim que for notificada oficialmente.”