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Música e arte

Rondonópolis vive noite de encantamento com concerto da Orquestra CirandaMundo e celebra 10 anos de transformação pela música

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Cidades

Rondonópolis ganhou outro brilho na noite de quarta-feira (12). No auditório do Colégio CIE, cada cadeira ocupada, cada olhar atento e cada silêncio entre uma nota e outra diziam a mesma coisa: a música, quando nasce perto da gente, tem o poder de costurar histórias inteiras. E foi exatamente isso que a Orquestra CirandaMundo de Rondonópolis, sob a batuta firme e inspiradora do maestro Silvano Macedo, entregou ao público — um concerto que misturou o épico e o popular, o clássico que arrepia e o brasileiro que aconchega.

Mas o espetáculo foi mais que música. Ele abriu oficialmente os Recitais do segundo semestre do Instituto Ciranda – Polo Rondonópolis, instituição que completa dez anos mudando vidas, disciplinando sonhos e formando cidadãos através do ensino musical gratuito.

 Uma viagem por sons, ritmos e afetos

O maestro Silvano preparou um repertório desenhado milimetricamente para levar o público por contrastes: das peças sinfônicas grandiosas às melodias que fazem parte do imaginário brasileiro. O palco também recebeu a Classe de Musicalização e a Classe de Coral, orientadas pela professora Yasmin Carvalho, que ampliaram a emoção da noite e acrescentaram leveza ao espetáculo.

 Uma agenda que tomou a cidade

A programação cultural começou no dia 12 de novembro, com CirandaMundo, Coral e Musicalização no auditório do CIE.

No dia 13, foi a vez do SEST SENAT abrir as portas para as Classes de Cordas.

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Já no dia 14, também no SEST SENAT, quem conduziu o público foram as Classes de Sopros, Percussão e Violão, sempre no período noturno.

E essa corrente musical não para por aqui: outras apresentações seguem acontecendo tanto na capital quanto em Chapada dos Guimarães, reunindo vários grupos formados dentro do projeto.

Dez anos, 200 alunos, uma cidade inteira tocada pela música

O Instituto Ciranda chegou a Rondonópolis com a promessa de transformar — e cumpriu. Hoje, oferece ensino musical gratuito a cerca de 200 alunos, com instrumentos, uniformes e material didático disponibilizados sem custo. No município, as aulas acontecem na sede do Parque Universitário e em polos distribuídos por quatro regiões, atendendo crianças e jovens a partir de 7 anos em praticamente todos os instrumentos de orquestra.

A diretora-executiva do Instituto Ciranda em Mato Grosso, Jéssica Gubert Silva, reforça o caráter social do projeto, que já soma 23 anos de existência e mais de 800 alunos atendidos em Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Rondonópolis e Poconé.

— “A música só se completa no palco e diante do público. Hoje é o momento da concretização do estudo de cada aluno. A comunidade recebe uma orquestra que nasce daqui, de crianças e jovens da própria cidade. Isso é grandioso e precisa ser mencionado. Essa noite representa tudo isso.”, afirmou.

E vem mais por aí: concerto especial em dezembro

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A diretora também adiantou um dos momentos mais esperados do ano:

No dia 14 de dezembro, Rondonópolis receberá um grande evento reunindo a Orquestra CirandaMundo de Cuiabá e a Orquestra CirandaMundo Rondonópolis, formando uma orquestra sinfônica completa. A apresentação acontecerá em parceria com a Igreja Adventista, incluindo uma cantata de Natal com duas sessões — às 17h e às 20h.

 O caminho de cada aluno dentro do projeto

O maestro Silvano explicou como o Instituto Ciranda dá forma ao aprendizado: o estudante recebe o instrumento, o uniforme e o material didático gratuitamente. Com cerca de seis meses de estudo, já inicia a participação na Orquestra Primeira Ciranda, primeiro passo para tocar em grupo e desenvolver cidadania, convivência e responsabilidade coletiva.

Dali, o aluno segue para o nível intermediário e, com evolução, integra a Orquestra CirandaMundo Rondonópolis, que reúne estudantes avançados e professores.

O repertório apresentado neste ciclo veio com arranjos adaptados para essa realidade jovem: obras tradicionais, ritmos brasileiros, ritmos latinos e um encerramento simbólico com aproximadamente 90 crianças cantando ao lado da orquestra.

 Cultura que se sustenta pela comunidade

A apresentação conta com apoio do Ministério da Cultura e patrocínio das empresas Bom Futuro e Sicoob, demonstrando como o investimento em arte e educação devolve para a cidade muito mais que um espetáculo — devolve pertencimento, oportunidade e futuro.

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Cidades

Filhote jogado no lixo é salvo por garis e comove moradores de Rondonópolis

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Em Rondonópolis, onde as histórias do dia-a-dia se cruzam com a correria da cidade grande e a simplicidade de bairro, uma cena triste amanheceu falando mais alto que o barulho dos caminhões de coleta. Um filhote de cachorro, pequeno demais para entender a maldade do mundo, foi encontrado dentro de um saco de lixo, prestes a ser triturado junto com os resíduos da manhã.

A cena aconteceu nesta sexta-feira (09), no bairro Alfredo de Castro. Os coletores faziam a rotina de sempre — aquele trabalho duro e indispensável — quando um barulho diferente chamou atenção. Um chorinho abafado, tímido, insistente, vinha de uma das sacolas deixadas na calçada.

Antes de lançar o saco para dentro do caminhão, um dos garis decidiu conferir. E ali, escondido entre restos de comida e embalagens, estava o filhotinho, assustado, tremendo, mas vivo.

Uma vida inteira jogada fora — literalmente — mas recuperada pela sensibilidade de quem trabalha todos os dias lidando com aquilo que a cidade descarta.

O animal foi retirado às pressas, limpo e acolhido pelos próprios coletores, que interromperam o serviço para garantir que o pequeno tivesse ar, água e um pouco de carinho.

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A equipe relatou que, se o caminhão já estivesse em movimento, não daria tempo para o salvamento.

O resgate emociona porque revela o contraste de dois extremos: alguém que descartou uma vida como se fosse lixo, e trabalhadores que, mesmo com a rotina exaustiva e o relógio correndo, escolheram proteger o indefeso.

O caso reacende debates antigos, mas sempre necessários, sobre maus-tratos e abandono de animais em Rondonópolis. Em uma cidade que cresce rápido, ainda é comum ver cães e gatos sendo deixados para trás — alguns encontrados em caixas, outros amarrados em terrenos vazios, e, como hoje, dentro de sacos de lixo. Cada história carrega um pedido silencioso por mais humanidade.

O filhote, que por pouco não teve a vida interrompida, agora está sendo acompanhado pelos profissionais que o resgataram. A intenção é que ele receba atendimento veterinário e, em seguida, seja encaminhado para adoção responsável — longe de qualquer risco e perto de quem entenda o valor de cuidar.

Enquanto isso, fica o apelo à população: maus-tratos são crime, e não existe justificativa para este tipo de crueldade. Denunciar pode salvar vidas — literalmente.

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Hoje, no meio da pressa da cidade, três garis pararam o mundo por alguns minutos para ouvir um pedido de socorro que quase passou despercebido.

E graças a eles, Rondonópolis ganhou não só um resgate, mas um lembrete poderoso: ainda existe gente que escolhe o lado certo da história.

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